-XVI-
Temo que a minha ausência e desventura
Vão na tua alma,docemente acesa,
Apoucando os excessos da firmeza,
Rebatendo os assaltos da ternura:
Temo que a tua singular candura
Leve o Tempo fugaz nas asas presa,
Que é quase sempre o vício da beleza
Génio mudável,condição perjura:
Temo;e se o fado mau,fado inimigo,
Confirmar impiamente este receio,
Spectro perseguidor,que anda comigo,
Com rosto,alguma vez de mágoa cheio,
Recorda-te de mim,dize contigo:
«Era fiel,amava-me,e deixei-o.»
-BOCAGE-
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário