-XIII-
Ó tranças,de que Amor prisões me tece,
Ó mãos de neve,que regeis meu fado!
Ó tesouro!,ó misterio!,ó par sagrado,
Onde o menino alígero adormece!
Ó ledos olhos ,cuja luz parece
Ténue raio de Sol!Ó gesto amado,
De rosas e açucenas semeado,
Por quem morrera esta alma,se pudesse!
Ó labios,cujo riso a paz me tira,
E por cujos dulcíssimos favores
Talvez o próprio Júpiter suspira!
Ó perfeições!,ó dons encantadores!
De quem sois?...Sois de Vénus?-É mentira;
Sois de Marília,sois de meus amores.
-BOCAGE-
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