-XXXIV-
Ursulina gentil,benigna e pura,
Eis nas asas subtis de um ai cansado
A ti meu coração voa alagado
Em torrentes de sangue e de ternura:
Põe-lhe os olhos,meu bem;vê com brandura
Seu miseravél,doloroso estado;
Que nas garras da morte já cravado
A fé,que te jurava,inda te jura:
Põe-lhe os olhos ,meu bem ,suavemente,
Põe-lhe os mimosos dedos na ferida,
Palpa de Amor a vítima inocente;
E por milagres deles ,ó querida,
Verás cerrar-se o golpe,e de repente
Em ondas de prazer tornar-lhe a vida.
-BOCAGE-
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