-XXXV-
Em veneno letífero nadando,
No roto peito o coração me arqueja;
E ante meus olhos hórrido negreja
De mortais aflições espesso bando:
Por ti Marília,ardendo,e delirando
Entre as garras aspérrimas da Inveja,
Amaldiçoo Amor,que ri,e adeja
Pelos ares,cos Zéfiros brincando:
Recreia-se o traidor com meus clamores,
E meu cioso pranto...ó Jove,ó nume,
Que vibras os coriscos vingadores!
Abafa as ondas do tartáreo lume,
Que para os que provam teus furores
Tens inferno pior,tens ciúme.
-BOCAGE-
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