-XXXVI-
Do abusto,ó Nise,a Vénus consagrado
Envisquei hoje um trémulo raminho,
Pousou nele este incauto passarinho,
E pelos tenros pés ficou pegado:
Então,depois de o ter na mão fechado,
Corri,dizendo alegre:«Eu advinho
Que há-de Nise estimar que o meu carinho
Lhe dedique este músico do prado.»
Disse;e no mesmo instante a simples ave
Desata a linda voz e pricinpia
Um canto harmonioso,agudo e grave:
Ah!por ser tua,entendo que dizia
Que a prisão mais gostosa e mais suave
Que a própria liberdade encontraria!
-BOCAGE-
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