-XXXVII-
Ó retrato da morte,ó Noite amiga
Por cuja escuridão suspiro há tanto!
Calada testemunha de meu pranto,
De meus desgostos secretária antiga!
Pois manda ,Amor,que a ti somente os diga,
Dá-lhes pio agasalho no teu manto;
Ouve-os,como costumas ,ouve , enquanto
Dorme a cruel, que a delirar me obriga:
E vós,ó cortesãos da escuridade,
Fantasmas vagos,mochos piadores,
Inimigos ,como eu,da claridade!
Em bandos acudi aos meus clamores;
Quero a vossa medonha sociedade,
Quero fartar meu coração de horrores.
-BOCAGE-
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário