quinta-feira, abril 05, 2007

A ESQUIVANÇA DE ARMIA

-XLI-

Pela porta de ferro ,onde ululando
O cão trifauce está perpetuamente,
Entraste,Orfeu,coa cítara eloquente
Os monstros infernais domesticos:

Penedos com teus sons amontando
Lá ergues Tebas ,Anfíon cadente;
Pulsa Aríon a lira,e de repente
Vê delfins,vê tritões no mar dançando:

Tu,linguagem do Céu,tu,melodia,
A tudo encantas,para tudo és forte,
Menos para aplacar a ingrata Armia:

Mais fácil te há-de-ser.domando a sorte,
Ir de novo à tartára monarquia
Ver outra vez o cárcere da morte!

-BOCAGE-

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