-VI-
Mavorte,porque em pérfidia cilada
O cruel moço alígero o ferira,
Não faz caso da mãe,que chora e brada,
Quer punir o traidor,que lhe fugira;
Na sinistra o pavez,na dextra a espada,
Nos ígneos olhos fuzilante a ira,
Pula à negra carroça ensanguentada,
Que Belona infernal coas Fúrias tira:
Assim parte ,assim voa;eis que vê posto
No colo de Marília o deus alado,
No colo aonde tem mimoso encosto:
Já Marte arroja as armas,e aplacado
Diz,inclinando o formidável rosto:
«Valha-te,Amor,esse lugar sagrado!»
-BOCAGE-
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