domingo, abril 15, 2007

DEPLORANDO A MORTE DE NISE

-LI-

Já no calado monumento escuro
Em cinzas se desfez teu corpo brando;
E puder eu ver,ó Nise,o doce,o puro
Lume dos olhos teus ir-se apagando!

Hórridas brenhas,solidões procuro,
Grutas sem luz frenético demando,
Onde maldigo o fado acerbo e duro,
Teu riso,teus afagos suspirando:

Darei da minha dor contínua prova,
Em sombras cevarei minha saudade,
Insacíavel sempre,e sempre nova:

Até que torne a gozar da claridade
Da luz,que me inflamou,que se renova
No seio da brilhante eternidade.

-BOCAGE-

Sem comentários: